- As pessoas dizem que só se vive uma vida, e estão erradas, como sempre. Você nunca é igual à ontem, ou uma hora atrás. Você sempre é diferente, assim, não é a mesma, se nem você é a mesma, sua vida também não.
- Por que tudo é tão confuso? Por que eu simplesmente não me apaixonei por qualquer pessoa que eu poderia ter?
- Por se tivesse, não seria você. Seria outra pessoa. Você não é racional, não tanto quanto aparenta, você ouve mais seu coração do que sua mente. Você é guiada por ele.
- Como mudo isso?
- Mudar? Por que gostaria disso, J? Isso seria péssimo, seria como; Como se você não quisesse mais ser você, que isso não lhe fosse suficiente, mas é. Você sabe que é.
- Eu sei, A, isso é o que mais importa na minha vida, já que tudo o que eu faço exige muito amor. Mas como eu posso viver – não sobreviver, viver mesmo -, se eu entrego meu coração a quem não deve?
- E não deve mesmo?
- Não. Por que ele não merece, e eu não mereço. Tudo nos leva a ver que nada pode ser como deveria, ou melhor, como eu gostaria.
- Depois eu sou confuso.
- Sabe, acho que eu o que não gosto não é de quem eu sou, e de quem eu sou perto dele, ou com ele, algo assim, não sou eu mesma, A, é alguém de quem eu não gosto.
- Então, J, mude; simplesmente isso, mude, não seja mais assim.
- Sabe, A, não consigo, esse é o ponto, eu não consigo, não dá. Por que eu me acostumei a ser quem eu sou perto dele, mas eu não quero mais.
- Quer saber o que você deveria, ou melhor, o que vai fazer: Você vai crescer, e aparecer. De nada adianta você ficar aqui agindo como se não fosse problema seu, que você não pudesse corrigir, isso é mentira, isso não ocorre nunca. Sempre é problema seu quando você está envolvida. Então aja como adulta. Coloque ele na sua frente e vire as costas, é o melhor que pode fazer. Não fuja.
- Você está certo, A. Não posso, nem vou mais fugir. Vou por em frente tudo e passar por cima, por que de nada adianta amar, se não puder desamar.
- Você é assim, J, você simplifica tudo.
- E você complica! (A sumiu)
TRILHA SONORA DO DIA:
Hoje troco minha trilha sonora por esse texto de uma série chamada Bones:
"You love someone, you open yourself up to suffering – that’s the sad truth. Maybe they’ll break your heart, or maybe you’ll break their hart and never be able to look at yourself in the same way. Those are the risks. You see two people and you think, "they belong together," but nothing happens. The thought of losing so much control over personal happiness is unbearable. That's the burden. Like wings, they have weight. We feel that weight on our backs but they are a burden that lifts us. A burden that allows us to fly."
(Você ama alguém. Você se abre ao sofrimento - essa é a triste verdade. Talvez eles quebrem seu coração, ou talvez você vai quebrar o coração deles e nunca será capaz de olhar para você mesmo da mesma maneira. Esses são os riscos. Você vê duas pessoas e você pensa, "elas pertencem uma à outra," mas nada acontece. O pensamento de perder o controle sobre a felicidade pessoal é insuportável. Esse é o fardo, como asas, eles têm peso, sentimos esse peso nas nossas costas, mas eles são os fardos que nos erguem, fardos que nos permitem voar)